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Quando nos deparamos com o quadro elétrico das nossas
residências, seja para uma eventual manutenção, ou apenas para religar os
disjuntores, podemos observar que estes dispositivos tem uma função de
proteção, mas já pararam para pensar qual é a funcionalidade de cada um? E se
realmente estão cumprindo o seu papel protetivo? Iremos apresentar neste artigo
os principais dispositivos de segurança elétrica para edificações residenciais,
tal como explicar suas funcionalidades.
Os dispositivos de proteção e segurança elétrica tiveram algumas mudanças relevantes e positivas com a chegada de novas tecnologias. Antigamente, era muito usual as residências ter apenas dispositivos responsáveis por realizar a proteção contra a sobrecarga, sobrecorrente e curto-circuito da rede elétrica, porém atualmente existem equipamentos que oferecem proteção direta as pessoas, evitando choques e acidentes domésticos e equipamentos capazes de proteger equipamentos elétricos e eletrônicos de descargas atmosféricas.
Imagem ilustrativa de um dispositivo de proteção elétrica.
Fonte: Pixabay, 2021.
Fusíveis
Antigamente eram dispositivos muito comuns de serem vistos
em quadros elétricos residenciais, pois por muito tempo aqui no Brasil eram os
únicos dispositivos de segurança elétrica, desta forma justifica-se a sua
grande popularidade até os anos 70, apesar de ser um dispositivo que
proporciona a segurança, havia algumas desvantagens comparado aos Disjuntores,
sendo assim, quando iniciou-se a produção de larga escala dos Disjuntores
Termomagnéticos por volta dos anos 70, os fusíveis foram perdendo o espaço no
mercado.
Representação de fusíveis utilizados em quadros residenciais.
Fonte: Faz fácil, 2012.
Os fusíveis oferecem proteção contra sobrecargas, sobrecorrentes e curto circuitos. A sua funcionalidade é bem simples, o fusível é instalado no ponto onde há a passagem de corrente elétrica, assim quando a corrente elétrica ultrapassa o limite que o mesmo aguenta, o elemento condutor presente dentro do fusível se funde e interrompe a passagem de corrente elétrica, proporcionando proteção a rede e aos equipamentos elétricos. Quando o fusível funde, o mesmo perde a sua propriedade de proteção, então é necessário realizar a substituição do equipamento, e isso é um dos motivos de ter perdido mercado para os Disjuntores, visto que se a sua residência tivesse variações constantes de correntes altas, teria que sempre comprar novos fusíveis para poder ter eletricidade novamente.
Para que o fusível seja efetivo e ofereça proteção, é imprescindível que seja dimensionado de forma que interrompa a passagem de corrente elétrica antes que os fios elétricos sofram superaquecimento, pois poderão ocasionar incêndios. `Para evitar acidentes, o fusível deve ter um limite de corrente elétrica menor que dos condutores elétricos.
Disjuntor Termomagnético
Atualmente são os dispositivos de segurança principais e os mais presente nas edificações residenciais. A sua produção no Brasil iniciou por volta dos anos 60, porém a chegada em massa desses produtos no mercado foi na década de 70, tornando-o dominante e fundamental para a composição de um quadro de distribuição.
Caracterizado por ser um aparelho de manobra e proteção elétrica, tem a função de interromper a circulação elétrica de forma automaticamente quando identifica um aumento de temperatura incomum ou picos de corrente nos condutores elétricos. A sua grande vantagem em comparação com o fusível, é que o mesmo ao realizar a interrupção da corrente elétrica da rede, apenas “desarma” e então ao identificarmos o problema e corrigirmos, podemos apenas levantar o interruptor do disjuntor manualmente e voltar a ter corrente elétrica nos condutores.
Assim como os fusíveis, os Disjuntores devem ter um
dimensionamento correto para serem efetivos. Devemos ressaltar que há
diferentes tipos de disjuntores e eles são classificados de acordo com os
polos: Monopolar (Unipolar), Bifásico e Trifásico, tal como pelas correntes de
curto-circuito: Curva B, Curva C ou D. Para podemos dimensionar corretamente
temos que conhecer as potências dos aparelhos a serem ligados no circuito,
desta maneira podemos calcular a corrente máxima dos fios elétricos, definindo
a bitola dos mesmos. A partir da corrente máxima dos condutores, sabemos que
nosso disjuntor deverá interromper o funcionamento do circuito antes do pico de
corrente do fio elétrico, isso evitará uma possível queima do condutor e
consequentemente um incêndio.
Disjuntor Diferencial Residual (DDR)
Este dispositivo é complementar ao Disjuntor Termomagnético
e tem como principal função a proteção de choque elétricos contra pessoas. É
obrigatório o uso do DDR de acordo com a ABNT NBR 5410, principalmente nos
circuitos de áreas molhadas, como banheiros, cozinhas e áreas de serviços, e
também é recomendável para tomadas posicionadas na parte externa das
edificações.
Representação de Disjuntor Diferencial Residual (DDR).
Fonte: Engesan Engenharia, 2016.
O disjuntor Diferencial Residual tem duas funcionalidades, a
primeira é a identificação de fuga de corrente. O mesmo monitora a rede de
distribuição elétrica e se identificar que há uma fuga maior que 30mA,
instantaneamente desliga o circuito. Caso uma pessoa sofra um choque elétrico o
equipamento irá reconhecer que parte da corrente elétrica se perdeu em algum
ponto, desta forma irá proteger a pessoa de continuar a receber o choque
elétrico, por conta do desligamento do circuito. A outra função que relatamos é
como um disjuntor mesmo, assim como descrito no tópico sobre Disjuntores.
Dispositivo de Proteção Contra Surto (DPS)
O DPS é um equipamento que oferece proteção contra a queima
dos dispositivos elétricos e eletrônicos. Assim como descrito em seu título, o
mesmo é responsável por lidar com surtos elétricos, que é um fenômeno que causa
alta variação de corrente ou potência em um curto período de tempo. Este tipo
de fenômeno pode acontecer por diversos fatores, como: Descargas atmosféricas.
Oscilação de liga/desliga de grandes motores e blecautes.
Representação do Dispositivo de Proteção Contra Surto (DPS).
Fonte: Eletrofort Brasil, 2020.
Devemos afirmar que quando o DPS exerce a proteção, quando há um sistema de aterramento bem feito e correto, pois quando há o surto elétrico o equipamento desvia o mesmo diretamente para o aterramento da edificação. Além disso, o DPS tem uma vida útil, que é indicado por uma marcação verde ou vermelha e isso ajuda a perceber se o equipamento está em pleno funcionamento.
Para complementar as informações descritas neste artigo, recomendamos que consultem os fabricantes dos dispositivos, que podem prover maiores detalhes de funcionamento de cada equipamento. Além disso, iremos indicar também um artigo que foi escrito por especialistas da área da Engenharia Elétrica e dispõem de maiores informações, que poderão agregar e serem importantes, sendo assim para acessar este artigo, basta clicar aqui.
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mais pessoas poderão ter acesso ao conhecimento e irão poder desempenhar obras
com maior qualidade. Compartilhe para que a informação e o conhecimento cheguem
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Autor: Henrique Osório
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tensão
Location:
São Paulo, Brasil
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